segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

O poder de imaginar




Imaginei
Um mundo solidário
Onde havia respeito aos sonhos
Mesmo quando se sonha contrário

Imaginei
A praça colorida
Cheia de gente bonita
Gente que se acredita

Imaginei
Um mundo sem preconceitos
Um mundo sem maldade
Um reino chamado Felicidade

Imaginei
Você aqui...dentro de mim
Sem vontade nenhuma de sair
Sonhando se redescobrir

Imaginei
Gostosa sensação!
Estava totalmente entregue
Nas douradas asas da Imaginação






MANEIRAS DE ENSINAR


*Minha singela participação na Semana Colorida no Blog da Anne Lieri.
Veja aqui como participar também, basta clicar no título desta postagem

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Recontando



Chapeuzinho Vermelho na cidade




Era uma vez uma linda menina de pele cor de jambo, que amava a cor vermelha. Sua mãe prendia seus lindos cachos para o lado direito, no alto da cabeça, com uma fita de cetim vermelha e seus longos cabelos cascateavam no ombro. A roupa sempre tinha a cor vermelha, se não estivesse vestida de algo vermelho, certamente estaria usando sandálias e acessórios na sua cor preferida, que a caracterizava. Sua marca pessoal.



Chapeuzinho -como ficou conhecida -recebeu esse nome carinhoso de um tio materno que lhe presenteava com lindos chapeus vermelhos durante sua fase de bebê. A cada visita trazia um chapeu vermelho com detalhes ou liso e nos mais variados tons. Depois retornava para seu trabalho pesado, mas que fazia com muito amor, gostava de ser lenhador.



O tempo passou e Chapeuzinho cresceu, já ajudava sua mãe nas tarefas domésticas, depois de fazer as tarefas da escola com a ajuda de sua mãe ou de sua vovó.



Para ela era uma farra receber as visitas da vovó, as duas se esbaldavam e faziam tudo que sua mãe não deixava ela fazer. Um segredinho das duas!



Mas um dia sua vovó adoeceu e não pôde vim passar o final de semana com sua mimada e amada netinha.


Como sua mãe trabalhava até nos finais de semana,

deu-lhe uma tarefa importantíssima: levar os doces preferidos de sua vovó para que ela melhorasse mais rapidamente. Recebendo a visita de uma pessoa amada e comendo os doces que tanto gosta, se sentiria bem melhor e não estaria sozinha o dia inteiro. Sem contar que Chapeuzinho amava ouvir as historinhas que somente sua avó sabe contar.


A vovozinha morava num bairro afastado, do outro lado da cidade. Chapeuzinho nunca tinha ido sozinha, mas tinha o mapa desenhado na sua mente e sabia como chegar lá. O que ela nem imaginava era os perigos urbanos e a maldade das pessoas. Coisas que a ajudariam a crescer e se defender no futuro.

Ela já tem treze anos e sabe pegar um ônibus. Assim fez. Dentro do ônibus havia um rapaz alguns anos mais velho a encarando. Isso a deixou sem graça e desconfiada.

Ao descer no ponto mais próximo da casa de sua vovozinha, o rapaz que a estava seguindo se aproximou e começou a conversar. Queria saber se ela era nova naquele bairro ou se estava de passagem. Ela respondeu que estava indo visitar sua vovó meio doente, Só antes precisava comprar

umas flores para levar para ela.

O rapaz se apresentou como Lobo Mau, um apelido que seus manos colocaram e disse está mais acostumado com o apelido do que com seu verdadeiro nome de batismo.

Em meio à conversa, Chapeuzinho também contou de seu apelido dado por seu tio, de gostar de vermelho e que sabia chegar na casa da vovó, mas era longe e ela estava um tanto cansada. O rapaz indicou um beco estreito mais adiante, disse que por ali chegaria em menor tempo, se despediu dizendo ter algo para fazer e sumiu entre as transeuntes.

Vinte minutos depois ela estava abrindo a porta da casa de sua vovó querida. Para sua surpresa, aquele rapaz que a ajudou chegar mais rápido na casa da vovó já estava com ela na sala e o mais estranho era que a vovozinha tinha olhos esbugalhados, quase saindo do globo ocular, as orelhas pareciam maiores e atentas a todo ruído, a boca trêmula parecia maior, as narinas estavam muito abertas e as mãos enrugadas pareciam incontroláveis...Sem duvida a vovozinha não estava nada bem. Chapeuzinho falava e ela soltava monossílabos, monologava e olhava de um jeito esquisito para o rapaz que estava lá desde que entrou na casa. Vovozinha estava muito agitada e a netinha amada pensou em chamar ajuda, ao pegar o telefone para ligar para a emergência o rapaz saltou do sofá onde estava e agarrou a menina, que ficou ainda mais preocupada.

Naquele mesmo instante ouviu-se o ruído do portão abrindo. O rapaz fez sinal de silêncio e ameaçava as duas com um pequeno punhal. Ambas obedeceram, que remédio?

Os passos se aproximava cada vez mais da porta, o trinco girou e... Chapeuzinho mordeu a mão do rapaz e seu tio que havia vindo visitar sua mãe, como de costume todo final de mês, agarrou o sujeito armado e mandou que sua linda sobrinha pedisse ajuda.

Chapeuzinho gritou e os vizinhos vieram socorrer.

Ela contou tudo desde o começo e o rapaz confessou que viu na situação a possibilidade de roubar e prender a pobre velhinha. E parecia está com muita sorte, pois se aproveitaria da inocente Chapeuzinho que lhe deu tantas informações em poucos minutos de conversa na rua.

Disse que faria das duas reféns durante o tempo de visita da menina, assim sua mãe não teria motivos para chamar polícia, parentes ou mesmo acionar a ajudar de vizinhos.

Ainda bem que seu tio lenhador sabe lidar com o perigo das armas cortantes e com a ajuda dos vizinhos tudo não passou de um susto para sua mãe velhinha e para Chapeuzinho, já para o rapaz...

Lobo Mal teve de se explicar para a polícia e acrescentar mais uma atividade em sua ficha policial, um extenso currículo!

Um policial que atendia pela alcunha de Caçador, segurou o rapaz com as mãos algemadas e o levou, pediu desculpas pelo incômodo e disse que cuidaria daquele moleque malandro.

O pessoal do SAMU deu total assistência para a pobre e assustada senhora, que agora estava mais calma. No final da tarde neta e vovó se despediram. Seu tio a levou em casa e deixou uma vizinha de olho na casa de sua mãe enquanto ele retornava. Ficaria com ela todo o fim de semana.


MANEIRAS DE ENSINAR

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Escola em qualquer idade

Convite a sonhar



As cadeiras, as salas, os corredores estão vazios. O ano letivo começa em Março nas escolas municipais de minha cidade ( Penedo-Al ). Eu estou na expectativa, mesmo estando do outro lado agora, sinto um certo nervosismo ao sentir o início tão próximo.
Hoje sonho em ser o melhor que eu puder como professora, imagino meus futuros alunos e suas necessidades. Antes imaginava meus futuros professores, colegas e aquelas pessoas que seriam amigos dentro e fora da sala de aula.
Ontem ( 13/02/14 ), eu e Anne (colega de trabalho) saímos em busca de alunos, fomos de porta em porta, nos apresentamos e os convidamos a sonhar, a assumir um compromisso pessoal e voltar à sala de aula ou de ir à escola pela primeira vez, pois podemos tudo independente da idade e  dos motivos que desviou cada pessoa no passado de realizar seus sonhos ou de continuar a sonhar. Desde que tenhamos vontade, tudo podemos realizar, porque somente com vontade desviaremos os empecilhos, teremos força quando o desanimo chegar. 
Foi uma tarde cansativa pelas ruas da comunidade rural onde está localizada a escola em que trabalhamos. Mas foi muito bom ver cada possível futuro aluno de perto. Percebemos que a vergonha é o maior problema para eles, acham que passou do tempo de estudar e a idade não ajudará na aprendizagem. Sentimos que muitos ficaram balançados depois de nos ouvir e de expressarem seus sentimentos. Enquanto falávamos tinham um brilho de possibilidade nos olhos de muitos deles.
Saímos de lá com a esperança de que pelo menos metade daquelas pessoas procurem  a escola para realizar a matricula, se comprometerem com elas mesmas e nos ajudar e realizar um trabalho de qualidade, proveitoso para ambos os lados e que depois continuem sonhando e buscando meios de realizar seus novos sonhos.


MANEIRAS DE ENSINAR